Ventos fortes e chuvas intensas, efeitos das mudanças climáticas, estão trazendo à tona restos mortais de um antigo cemitério da cultura Chinchorro, que fica na cidade chilena de Arica. Arqueólogos e moradores locais se esforçam para cobrir as evidências históricas – múmias preservadas na região há 7 mil anos - enterrando de volta os ossos e marcando a região com bandeirinhas.

O povo Chinchorro vivia entre o Peru e o Chile e com a mumificação, transformava os mortos em obras de arte, os envolvendo em confecções de junco, pele de leão-marinho, argila, lã de alpaca e perucas de cabelo humano.

Segundo o Gizmodo Brasil, os arqueólogos explicam que não há como levar os restos mortais expostos aos museus chilenos, porque além de não haver mais espaço, as múmias já guardadas nesses equipamentos culturais, já estão em processo de deterioração devido ao clima úmido do Atacama, que permite a proliferação de bactérias.

Como as múmias Chinchorro foram inscritas na lista de Patrimônio Mundial da Unesco, pesquisadores têm esperança que elas sejam conservadas. Um museu próximo à cidade começou a ser construído para salvaguardá-las.